segunda-feira, 30 de abril de 2012

20 Anos Depois

    Def Leppard – Adrenalize


    Após a morte do guitarrista Steve Clark, em 1991, por motivos de alcoolismo, o Def Leppard voltava para o seu devido lugar diante de sua segunda tragédia em toda a sua historia até então – a primeira havia sido com o baterista Rick Allen que perdeu o braço esquerdo num acidente (mas que ainda faz parte da banda até hoje em dia). Nos anos 80, os caras do Def alcançaram um sucesso invejado por muitas bandas de Rock e milhares de outros grupos pelo mundo. Depois de milhões de copias vendidas por todas as partes, em 1992, a banda lançava o grandioso Adrenalize.
     Vivian Campbel (Dio e WhiteSnake) entra no lugar de Clark, e a banda entra nos estúdios da Mercury na busca de manter sua imagem. O que torna complicado para uma banda além de manter o sucesso ao fazer músicas inéditas, é passar por uma tragédia como essa. Com trabalho duro e dedicação, o Adrenalize alcançava nada menos que mais de 7 milhões de copias vendidas. Sim, 7 milhões!!! O primeiro na lista do Billboard 200 e UK Albums Chart. Assim como seu anterior Hysteria.
     “Let’s Get Rocked”, “Heaven Is”, “Have You Ever Needed Someone So Bad” (clipe) são apenas uns clássicos deste disco. Talvez o último dos grandes discos que a banda já lançou, mas independente disto, sem duvida um grandioso clássico.

sábado, 14 de abril de 2012

Eu nunca vou esquecer!

Kiss

Apoteose, Rio de Janeiro, Brasil (08/04/09)

Por: Mick Michael

Sempre existem aqueles dias de nossas vidas que consideramos mágicos. Na minha vida há muitos dias assim, e a data de 08 de abril de 2009 estará entre esses dias mágicos com certeza, afinal foi quando presenciei um dos shows mais aguardados de toda a minha vida, o show do Kiss! Provavelmente será desnecessário escrever algum tipo de resumo que explique toda a importância do Kiss para a história do Rock ‘n’ Roll, portanto, vamos direto às lembranças do show, por que é isso que interessa!

O quarteto mascarado, hoje em dia formado por Paul Stanley (vocal/guitarra), Gene Simmons (vocal/baixo), ambos únicos membros originais e líderes absolutos da banda, Eric Singer (vocal/bateria) e Tommy Thayer (guitarra solo), esses dois substituindo os fundadores Peter Criss e Ace Frehley, respectivamente, inclusive com suas fantasias e maquiagens, haviam iniciado uma turnê mundial para celebrar os (até então) 35 anos de carreira do conjunto.

A banda já havia tocado nos EUA, seu país natal, e na Europa, antes voltar à América do Sul, onde já havia passado pela Argentina, e completaria a agenda com dois shows no Brasil, um no Peru e outro na Colômbia. Era a quarta vinda do Kiss ao nosso país, mas apenas a segunda visita a famosa “cidade maravilhosa”! As outras passagens foram em 1983, com aqueles shows históricos e inigualáveis no Rio, São Paulo e Minas Gerais; em 1994, no fim da fase sem maquiagem, no festival Monsters of Rock realizado em São Paulo, e por ultimo com dois shows em 1999, desta vez com a formação original, novamente em São Paulo e Porto Alegre. Foi um castigo que durou 25 anos para os fãs cariocas! Mas enfim, estávamos lá novamente para cantar e agitar junto com a banda, fazer o coro “êeeee ieee” em I Love It Loud e admirar toda a pirotecnia de um show da maior banda de Rock de todos os tempos, que incluem explosões, fogos, lazer, um letreiro enorme com o nome Kiss brilhando intensamente, chuva de papel picado, cuspe de fogo e as tradicionais coreografias e poses do músicos.

Cheguei à Apoteose, (a tradicional passarela do samba, que já havia recebido um show do Iron Maiden no mês anterior) por volta das 16:00. A festa estava marcada para iniciar às 21:30, mas eu, com toda minha afobação e ansiedade de costume, acabei indo desnecessariamente cedo para ficar lá na frente. Foi algo desnecessário porque o lugar ainda estava bem vazio, com alguns poucos fãs espalhados pela passarela. Muitos de preto, com camisas do Kiss de diversas fases, e alguns outros já ostentando no rosto a maquiagem de algum integrante do grupo. A previsão era de chuva, mas estava calor. Aos poucos o público foi chegando, até que se formasse uma grande massa de fãs. E era um público bem eclético, formado por hards, com tudo que se tem direito (batom, maquiagem, roupas rasgadas e bandanas), além de outros como motoqueiros, punks, e até pessoas que você não imaginaria ver ali, como emos, patricinhas e gente de paletó e gravata, provavelmente indo direto do trabalho para o show. Havia crianças, jovens e velhos. De tudo um pouco! Ah, também não podemos esquecer os cambistas e camelôs vendendo camisas e acessórios do Kiss.

Exatamente às 18:30, como estava anunciado no ingresso, os portões se abriram e começou aquela correria desenfreada para ficar o mais próximo possível do palco, mas tudo ocorreu sem problemas, já que toda a organização do evento estava excelente. Depois das 19:00, as duas pistas (Vip e comum) já estavam quase lotadas, apesar de o público ter sido menor do que eu esperava. Na noite anterior o Kiss havia tocado em São Paulo para mais de 50 mil pessoas, e eu imaginei ao menos a metade desse número, até pelo tempo que Paul, Gene e seus contratados ficaram longe do Rio. Mas era véspera de feriadão e você ainda inclui o preço absurdo pelo ingresso... O saldo final ficou por conta de uns 17 mil pagantes. Não fiquei chateado com o fato, mas também não esperava ver vazias as duas arquibancadas que ficam ao lado da pista. O calor aumentava, assim como a ansiedade e impaciência dos fãs, mas os produtores pareciam ter planejado um teste de resistência para o público, por que só isso explica a escolha da banda Libra para abrir o show. E olha que os caras foram convidados durante a tarde daquele dia! Era muito melhor ter deixado rolar as músicas nas caixas de som... Mas que bandinha fraca, sem presença de palco e boba é esse Libra. Os caras fazem um Gothic/Rock com pitadas de Hard, cantando em português, mas tudo soa sem motivação e garra. Resultado: nunca vi uma banda ser tão vaiada e xingada como eles foram. Parecia que a qualquer momento um fã do Kiss iria invadir o palco para bater nos caras! Se for para colocar uma banda de abertura num show assim, por que não colocam uma banda que tenha haver com a atração da noite ou ao menos uma bandinha para fazer uns covers de clássicos do Rock e Hard Rock? Agradaria muito mais com certeza. A apresentação do Libra não durou mais de meia hora e sob uma chuva de garrafas deixaram o palco visivelmente frustrados. Vale destacar que os brasileiros não usaram os equipamentos do Kiss, que ficaram o tempo todo cobertos pro uma grande lona preta, assim como o fundo do palco e os letreiros luminosos da banda. Logo ao fim do constrangimento do Libra, uma enorme bandeira preta com o logo do Kiss foi erguida em frente ao palco, anunciando o começo dos preparativos para os mascarados subirem ao palco. Parecia que o show havia começado naquele momento, devida a imensa gritaria e agitação que tomou conta do lugar.

Bastava esperar o tempo passar, mas às vezes o tempo se torna um inimigo cruel e foi necessária muita paciência para segurar os ânimos. Quando surge nas caixas de som a canção Won’t Get Fooled Again, do The Who, todas as luzes começam a ser apagadas e a agitação toma conta da apoteose de vez! Logo ao término da música, numa pontualidade digna de verdadeiros profissionais, sai das enormes caixas a célebre introdução “Allright Rio de Janeiro! You wanted the Best, your’ve got the Best. The hottest band in the world, Kiss!”. As luzes se acendem e sob os acordes iniciais da clássica Deuce, a imensa bandeira cai e o Kiss surge ao palco. Pronto! Eu estava diante de Paul Stanley, Gene Simmons, Eric Singer e Tommy Thayer. Um sonho sem dimensão se realizava e naquele instante eu não tinha a menor noção de tempo e espaço! Isso foi sério mesmo! Eu fiquei tão abismado diante das explosões, luzes, e fumaça, alem de toda a banda, que não lembro os detalhes daquele momento. Lembro apenas que parecia estar num liquidificador, tamanho foi o empurra-empurra! Só lá pro final da canção, quando eles se preparam para fazer aquela coreografia, que consegui me estabilizar.

Fazendo uma homenagem ao álbum ao vivo Alive, de 1975, o Kiss dividiu o set em duas partes, sendo a primeira tocando o Alive quase na integra e depois fazendo uma parte final com outros sucessos. Sendo assim, a banda seguiu com a maravilhosa Strutter, cantada em uníssono pelos exaltados fãs. Super carismático, Paul Stanley saudou os fãs e fez aquela brincadeira de dividir o público e testar qual lado é o mais animado. Gene Simmons também demonstrou muita simpatia, mostrando a enorme língua o tempo todo e acenando para os fãs. Tommy também fez sua parte, jogando palhetas para a platéia, enquanto Eric Singer, pelo menos nesse inicio de show, se mostrou mais contido. Dando continuidade à apresentação, mandam Got To Choose e em seguida Hotter Than Hell, cujo título representou perfeitamente o que se passava na Apoteose, que àquela altura estava “mais quente que o inferno”. Ao fim desta ultima, Gene fez o tradicional cuspe de fogo. Eric Singer já começava a aparecer como um dos grandes destaques do show quando assumiu os vocais de Nothing To Lose, onde provou por que é um dos bateristas mais aclamados do mundo. Alinhando técnica com uma inspirada performance cheia da malabarismos, Singer colocou até os maiores adoradores de Peter Criss em suas mãos. Eu que nunca fui chegado nessa música cantei com todas minhas forças! C’mon and Love Me, essa sim, uma de minhas favoritas, quase me levou às lágrimas, ainda mais ao ouvir as vozes dos fãs abafando a de Paul Stanley. Depois de mais alguns elogios aos energéticos “kissmaníacos”, que estavam roubando a cena da própria banda, nosso mestre Stanley anuncia Parasite, executada de forma perfeita. Aliás, todas as músicas foram tocadas de forma perfeita, seguindo uma linha muito próxima à maneira como foram gravadas a mais de 30 anos atrás. Paul, Gene, Tommy e Eric demonstravam uma sintonia excelente, além de todo o profissionalismo de um conjunto que há tanto tempo está pelas estradas do mundo. Ainda em Parasite, o calor deu lugar a uma chuva torrencial, mas que não chegou a assustar os fãs, que até agradeceram pela água vinda do céu. O único problema ocorreu com os telões que sofreram uma pane e apagaram, mas a banda continuou numa boa. Antes de anunciar a faixa seguinte, Paul até brincou com a situação: “Está chovendo muito. Vocês querem ir pra casa?” Claro que não! A chuva até serviu para revigorar o público, que ficou ainda mais animado para curtir uma brilhante execução de She, outra que nunca esteve entre minhas prediletas, mas que me fez cantar igual louco! Na seqüência Tommy Thayer mandou seu solo de guitarra, fazendo tudo o que tinha direito. Ele chegou a incluir trechos de músicas de Jimi Hendrix e Beethoven, além detonar partes da iluminação com tiros disparados pela guitarra. Apesar de tudo lembrar o querido Ace Frehley, agradou aos fãs, que retribuíram com o coro de “olê, olê, olê, Tommy, Tommy”.

Watchin’ You foi outra canção muito antiga resgatada graças a essa homenagem ao Alive e não deixou de agradar como as outras. Sem deixar o ritmo cair, Gene Simmons inicia os acordes de 100,000 Years, um clássico que se torna épico ao vivo, já que chega a ultrapassar mais de 15 minutos de duração devido a enorme quantidade de improvisos instrumentais feitos pelo quarteto. Desde o inicio do show já havíamos notado que a voz do Paul estava muito desgastada (afinal, são mais de 35 anos dedicados ao Rock n Roll), mas foi aqui que essa observação ficou nítida. Paul e Tommy fizeram um lance legal para entreter o público. Enquanto Stanley fazia um coro, Tommy seguia fazendo a mesma melodia com a guitarra, mas a voz do nosso querido Paul quase não saía. Mas os fãs não estavam nem aí e seguiam o mestre, num dos momentos mais lindos da noite. E ainda rolou o solo de bateria de Eric Singer, que levitou com seu instrumento sob uma cortina de fumaça, enquanto fogos e outros efeitos visuais completavam o numero. A veia roqueira seguiu empunhada com Cold Gin e Let Me Go Rock ‘n’ Roll, outra que conta com muitos minutos de improvisações, mas nada que a torne cansativa. Black Diamond, mais uma das minhas mais adoradas, veio para encher meus olhos de lágrimas novamente. Para fechar a primeira parte do espetáculo com chave de ouro, nada melhor do que o maior sucesso do Kiss, Rock and Roll All Night, que é certamente um dos grandes hinos da história do Rock. Este foi sem dúvidas o melhor momento da festa! Um show de pirotecnia que incluía chuva de papel picado, fogos e muita fumaça, levantou e emocionou toda a Apoteose de tal forma que era impossível ficar parado. A reação dos fãs, que cantaram o clássico refrão com toda a paixão, por si só já valia o momento! Antes de deixarem o palco sob muitos aplausos, não pôde faltar a cena em que Paul Stanley quebra a guitarra e joga os destroços para os fãs.

A pausa para um descanso durou apenas alguns minutos e logo Paul, Gene, Eric e Tommy já estavam no palco. Paul veio carregando uma bandeira do Brasil, numa tática manjada, mas que sempre funciona. O quarteto cumprimentou a platéia, pousou para fotos e jogou algumas palhetas e baquetas para os fãs. Já postos em seus lugares, iniciam a esperada segunda parte do show com Shout It out Loud, presente no álbum Destroyer , lançando em 1976 e que até hoje é considerado o melhor do Kiss. Esta segunda etapa do show era muito aguardada por contar com as melhores músicas do grupo após a fase Alive, e certamente animou mais que a primeira! Lick It Up, única da fase sem maquiagem, contagiou o público com seu refrão grudento. Durante seu solo, o grupo até incluiu um trecho da música Won’t Get Fooled Again, do The Who. Desde antes de o show começar, muitos fãs já faziam o famoso coro “êeee, eeie”, que ganhou o Brasil nos anos 80 com a clássica I Love it Loud, e bastou que Eric Singer iniciasse a batida na bateria para toda a Apoteose entrar em êxtase mais uma vez. Outro hino máximo do Kiss me levava a emoção em outro momento muito esperado pelos 17 mil fãs presentes. I Was Made for Lovin’ You, certamente o maior sucesso comercial do Kiss depois de Rock and Roll All Nite, veio para balançar a galera com seu ritmo e refrão de forte apelo Pop. Foi lindo ver todo mundo cantando cada verso da canção. Como constava no set-list divulgado pelas mídias especializadas, na sequência era esperada Love Gun, outra muito adorada, mas a banda pulou essa e emendou direto com Detroit Rock City, a música da minha vida, que fechou o show de forma magistral, trazendo toda a pirotecnia de volta em mais explosões e fogos. O coro que fizemos acompanhando o solo de guitarra emocionou os caras! Ao termino de mais um hino de sua carreira, os integrantes se abraçaram novamente, agradeceram a presença do público e deixaram o palco. De fato não iriam tocar Love Gun, e o tradicional vôo do Paul Stanley para um palco pequeno no meio da galera obviamente não iria rolar também. Mas como as luzes permaneceram acessas, todo mundo achou que iria acontecer outro bis. Foi até engraçado, mas bonito, ver o público de frente pro palco esperando alguma surpresa, porém, como nada acontecia alguns foram se conformando que e festa havia acabado definitivamente. Ainda assim a galera puxou um coro para cantar Love Gun, e quase todos foram saindo da Apoteose cantando a letra da música, num ato que jamais esquecerei. Ao fundo rolava nas caixas God Gave Rock and Roll To You, enquanto os telões exibiam a mensagem ‘Thank You Rio de Janeiro’.

Obs: Bem, o show em São Paulo pode ter sido completo, com mais público, com Love Gun e também com os vôos de Gene e Paul, que aqui ficaram de fora por causa da chuva, mas a foto que está lá no Kissonline é do show do Rio de Janeiro!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Álbuns do Mês – Jan, Fev, Mar/12

Freedom Call – Eternity [2002]

Nightwish - Over the Hills And Far Away [2001]

Aerosmith - Tough Love, Best Of The Ballads [2011]

Bonfire - Double X [2006]

Pink Cream 69 - Games People Play [1993]

Na coluna clássica de 2010 e 2011, este ano as coisas não poderiam ser deforma algum diferente.

Assim, para começar 2012, um disco super clássico e que completa seus 10 anos este ano, Eternity da banda Freedom Call. Para os amantes de Power Metal fica uma excelente dica para quem ainda não conhece os trabalhos deste quarteto pra lá de fantástico. Considerado por mim, e acredito por muitos outros, o melhor (ou um dos melhores) trabalho da banda, o Freedom Call traz neste álbum musicas que se tornaram importantíssima em sua trajetória. A mais clássica talvez seja “Land Of Light”; mas seguida de perto por “Metal Invasion”, “Turn Back Time”, “Warriors” e “The Eyes Of the World”.

Indo um pouco para um lado mais sinfônico, os titãs do gênero Nightwish aparecem pela primeira vez no meu blog. Bem, isso se dar por n fatores. O mais simples de todos, é que só agora parece para conhecer uns trabalhos deles, e assim, já ganha destaque no EP Over the Hills And Far Away. Uma mistura de musica de estúdio com ao vivo. A formação ainda em alta com Tarja Turunen nos vocais. Destaques em “Away” e “Astral Romance”.

E assim vamos seguindo e mudando de ritmos. Graças a Deus que existem tantos gêneros diferentes. O velho e clássico Hard Rock ganha forma com três bandas citas agora. A primeira é Aerosmith numa coletânea “porreta”. Titulada de Tough Love – Best Of the Ballads, o Aerosmith em sua forma mais alta do Hard Rock (e também Pop) começa com um clássico fora de serio “I Don’t Want To Miss A Thing”. Comando pelo vocalista Steven Tyler, o grupo trás neste registro clássicos de sua historia. Fica aqui dicas como “Crazy” e “Love In An Elevator”.

A Alemanha sempre trazendo ao mundo nomes de peso. Bonfire e Pink Cream 69 são apenas dois deles, mesmo que Scorpions seja sempre o mais famoso. Em 2006, com o álbum Double X, a banda reapareceu com um excelente álbum. Infelizmente por falta de informação, pouco se pode dizer. Mas a música é excelente, dois belos exemplos são: “Blink Of An Eye” e “Hard To Say” (que lembra muito “Hard Luck Woman”, do KISS).

Assim fica também a última dica, Games People Play do Pink Cream 69 – o terceiro e último registro de Andi Deris na banda. Excelente, e com um Hard que apenas sabem fazer, o disco começa com a grande “Face In the Mirror”. Além, as coisas passam por “Kepp Your Eye On the Twisted”, “Somedays I Sail” e “Don’t Let It All Come Down”, a última com Deris. Disco este excelente, o que fecha muito bem o tempo em que a banda tocava Hard Rock.

Em mais um ano, o que podemos esperar? Sinceramente, eu nem sei. Por mais que lutemos pelos nossos sonhos e planos, quero que a música sempre esteja presente em todos os momentos de nossas vidas, sejam bons ou ruins.

A Voz de Um Sábio

Andi Deris

Come In From the Rain (1997)

Done By Mirrors (1999)

Se me dissessem que o vocalista Andi Deris (18/08/64), atual Helloween, era a essência do Pink Cream 69, lá no final dos anos 80, eu lhe digo que acredito plenamente nisso. Por quê? Vamos à explicação.

Nascido na Alemanha, o carismático Deris entrou no PC69 em 1987, onde a banda veio a lançar seu primeiro álbum em 1989. Vale dizer que este era o segundo álbum que Deris grava na sua vida, o primeiro tinha sido com a banda Kymera, intitulado No Mercy de 1983. Na Alemanha, o Pink Cream 69 veio a ser um grande nome, logo com seu primeiro disco – o que na minha opinião particular é o melhor de todos com ele no vocal.

Nos quatro anos que se seguiram a banda Pink Cream 69, que possuía um

quarteto matador de mais puro e belo Hard Rock, viram o sucesso e o viveram. A banda saiu em turnê pela a Europa, America e o Japão (com direito a uns vídeos no Youtube). Os dois álbuns seguintes com a participação de Andi nos vocais, One Size Fits All (1991) e Games People Play (1993), possuíam a mesma pegada que o primeiro, apenas um pouquinho inferior, mas muito bem recomendados.

A banda viu seu principal membro ir embora levando consigo o sucesso. Isso aconteceu em 1993, quando

Michael Kiske é demitido do Helloween, e o convite (veja bem, o convite) é feito a Andi Deris. Qual é o resultado? O clássico álbum do Helloween lançado em 1994, Master Of the Rings. Após desde grande sucesso ainda vieram mais dois lançamentos na década de 90 com o Helloween super clássicos na carreira da banda, The Time Of the Oath (1996) e Better Than Raw (1998). Os ingredientes foram muito bem misturados. O Power Metal recebeu a medida certa de Hard Rock, e o Helloween com Andi Deris ganhou novos ares o tornando muito melhor e mais poderoso (há quem discorde).

Já no Pink Cream 69 com a saída de Deris, entrou David Readman que levou a banda para um lado bem estranho e longe do clássico Hard Rock. Até hoje, e olha que conheço a banda há uns anos, não consegui ouvir outro disco deles depois do super ruim Change (1995). Que lixo!

Então continuando . . . em 1997 e 1999, Andi Deris lançou dois discos solos. O primeiro mostra de forma clara como seria o quarto álbum do Pink Cream 69 caso ele ainda estivesse na banda. Não o menos prezando, o álbum Come In From the Rain, pois o disco trás musicas excelentes, mas com uma cara de PC69. O disco por um todo é muito bem recomendado, e para quem quer matar a saudade dos tempos do Pink Cream 69, a música titulo do disco é uma lembrança e tanto, “Come In From the Rain”, e assim também, “1000 Years Away”. Aproveitando ainda sua criatividade, Deris lança o Done By Mirrors dois anos depois e pouco diferente, sem aquela pegada PC69. Isso dar aos dois álbuns atmosferas diferentes e boas. Confira “The Best You Don’t Need To Play For” e “A Little Bit More Each Day”.

De 2000 para cá, Andi Deris segue sua carreira com grandes músicos, e juntos eles forma um quinteto que mantém o Helloween bem mais vivo do que antes. Consagrado como um dos melhores vocalistas da atualidade e com ótimos e excelentes trabalhos no Helloween, Deris segue consigo mais e mais fãs.

Escute outros trabalhos de Deris no Helloween: “Power”, “The Dark Ride”, “A Handful of Pain”, “If I Could Fly”, “Dreambound”, “Far In the Future” e “Why?”