quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Fechando com chave d’ ouro

Freedom Call – Hellvetia (2011)

Excelente, nota 9

Quando soube dos rumores do lançamento do DVD, o primeiro oficial da banda, eu pirei. Lançando em agosto de 2011, em todo o mundo, a banda Freedom Call também lançou um álbum ao vivo de um dos três discos que contem no DVD em CD. Caso isto não seja verdade, estou com uma copia pirata aqui em casa . . . (risos). Brincadeira!

Fechando 2011 de forma bela, a banda de Power Metal, com fortes traços de Hard Rock, faz seu segundo registro ao vivo. O primeiro chamado de “Live Invasion” (2004), disco duplo, muito bem aceito por todos. Afinal, quem não gosta de um álbum ao vivo?! E assim, mantendo a forma, a banda lançou o “Hellvetia”.

Vindo direto da turnê do álbum Legend Of the Shadowking (2010), álbum que não foi tão aclamando como seus anteriores, mas muito bom por sinal, a banda deixa claro muitas músicas vindo deste seu último álbum de estúdio até então. Seguindo a formação clássica de quatros membros, a banda conta com seu fundador, vocalista e guitarrista Chris Bay, Lars Rettkowitze (guitarra), Samy Saemann (baixo) e Klaus Sperling (bateria).

Trazendo um set list com clássicos matadores, a banda deixa claro sua fama, o que por aqui não há (infelizmente). É sempre bom ouvir as músicas ao vivo, então fica minha dica e os grandes destaques: “We Are One”, “Tears Of Babylon”, “Queen Of My World”, “Metal Invasion”, “Merlin – Legend Of the Passad”, “The Quest”, “Warriors”, “Mr. Evil”, a divina “Land Of Light” e, talvez o hino da banda, “Freedom Call”. Mas na minha opinião, se poderia ter muitos outros clássicos, como por exemplo "Pharao", em vez de focar mais a turnê do álbum Legend Of the Shadowking . . .

Para encerrar o ano de forma ainda melhor só comprando o DVD. Mas como 2011 faz parte do passado agora, fica o conselho de comprarmos em 2012. Afinal, o ano foi encerrado com esta banda super poderosa e iniciada com ela também – em alto e bom som.

E então se fez silêncio

Blind Guardian - A Night At the Opera (2002)

Há 10 anos, a clássica banda de Power Metal, Blind Guardian, lançava um dos seus melhores álbuns. E com este grandioso disco começo 2012 com uma ótima dica a todos – ainda mais para os fãs de músicas épicas.
Depois do conceituadíssimo “Nightfall In Middle-Earth” (1998), a formação original do BG, que contava com Hansi Kürsch (vocal), André Olbrich e Marcus Siepen (guitarras) e Thomen Stauch (bateria), mantinha no auge a mesma forma bela de inventar e inova as suas belíssimas músicas. Além dos quatros, a banda possuía, o que mantêm até hoje, como membros convidado (mas não oficiais) Oliver Holzwarth (baixo) e Michael Schüren (teclado e piano).
Numa turnê que durou cerca de quatro anos do seu disco anterior (o de 1998), o Blind Guardian veio com tudo e lançou o A Night At the Opera, o que teve o nome em homenagem ao disco da banda Queen de 1975. Foi isto o que afirmou o vocalista Hansi Kürsch em uma entrevista após o lançamento do disco. A mídia, como muitos do publico, falou mal a respeito deste álbum, argumento que a banda estava soando de uma forma diferente, no sentido de ruim. Até mesmo o baterista Thomen Stauch teve problemas com os membros da banda por causa disso. Sinceramente, como um grande fã deles, eu digo que este álbum é demais e único, com características que cada álbum da banda possuía como apenas seu.
Nessa época a banda teve a chance de participar da trilha-sonora da trilogia do “O Senhor dos Anéis” ("The Lord Of the Rings", em inglês), do diretor Peter Jackson. Mas eles recusaram. Disseram que se aceitassem, o “A Night At the Opera” demoraria ainda mais para ser lançando e que os fãs não poderiam mais esperar. O que foi uma pena, e acredito que todos os fãs compreenderiam perfeitamente. Afinal, não há banda melhor do que eles para falar das obras do autor J. R. R. Tolkien, criador dos livros “O Senhor dos Anéis” (entre tantos outros).
Carregado de clássicos, o álbum possui músicas que trazem um poderoso poder ao vivo. Entre elas ficam os destaques de: “Battlefield”, “Under The Ice”, “Harvest Of Sorrow”, “The Soulforged”, “Punishment Divine” e a bela “And Then There Was Silence”.
Infelizmente, a banda não conseguiu mais manter a perfeição com a formação original nos anos que se seguiram. Em 2004 (ou 2005), o baterista Thomen Stauch anunciou sua saída oficial do grupo, alegando que a banda estava abandonando suas raízes, e que não queria participar disto. Antes de sua saída, a banda lançou uma coletânea ao vivo em 2003 que se intitulava simplesmente “Live (The Bard's Tavern)” e o DVD “Imaginations Through the Looking Glass”, contendo assim, os últimos registros formação original (mas essa é outra história).