sexta-feira, 23 de abril de 2010

"I wanna be somebody, Be somebody soon . . . "



W.A.S.P (Santana Hall, São Paulo, 10/04/10)

Por: Mick Michael

Ansiedade. Essa palavra resume perfeitamente o nosso sentimento ao chegar no Santana Hall, numa tarde fria e nebulosa, típica da cidade de São Paulo. Ainda eram por volta de 16:30 quando o ônibus da nossa excursão chegou ao local do show, já repleto de pessoas na porta principal da casa. Uma incômoda incerteza já nos acompanhava desde o trajeto ao local, quando fomos informados que o W.A.S.P havia cancelado sua apresentação em Curitiba, na noite anterior, por motivos desconhecidos. Assim que chegamos na fila, logo surgiu o boato de que a banda ainda estava no aeroporto, e que a equipe da produção também não estava no lugar do evento. Isso mesmo! Nem a banda, nem sua equipe técnica havia chegado, sendo que o ingresso trazia a seguinte informação: abertura da casa às 17:00 e início do show às 18:30 pontualmente.

As dúvidas eram grandes, assim como a fila que logo foi ficando cada vez maior a ponto de dar a volta em todo o quarteirão. Os minutos foram se arrastando, tornando a espera cansativa e entediante. O frio também não dava trégua e congelava os ossos desses pobres fãs, que não se importam com esse tipo de desrespeito por que o amor pelo Rock n’ Roll é sempre mais forte.

Quando o relógio bateu 19:00 não teve jeito, o pessoal perdeu a paciência de vez e começou a vaiar e gritar “abre, abre!”. A essa altura já haviam confirmado que Blackie Lawless e sua trupe estavam no local, mas ainda iriam fazer a passagem de som para só então confirmarem se tocariam, ou não. Segundo alguns informantes anônimos, o motivo para o cancelamento da apresentação em Curitiba havia sido a reprovação da banda em relação aos equipamentos de som. Pelo menos já era alguma coisa, mas ainda tivemos que esperar mais uma hora até que o portões do capenga Santana Hall fossem abertos definitivamente. Pronto. Finalmente haviamos entrado na casa de shows, duas horas depois do horário oficial.

Antes de falar sobre o esperadíssimo show do W.A.S.P, vale citar algumas coisas sobre este estranho Santana Hall. Primeiro que o local não tem a mínima cara de lugar para um show de Rock, principalmente se tratando de uma banda de grande porte, como o W.A.S.P, que é respeitada e conhecida em vários países pelo mundo, já tendo vendido milhões de álbuns, além de ter tocado em diversos festivais de grande porte pelos EUA e Europa. A casa é pequena, quente e possue uma infra-estrutura ruim. A galera que precisou usar o banheiro passou um verdadeiro aperto. Outro detalhe que vale ser destacado e chega a ser cômico é que a banda iria se apresentar cedo (18:30 definitivamente não é horário para um show de Rock), por que às 23:00 estava marcado uma apresentaão do grupo de forró Moleca Sem Vergonha. Vê se pode? Quem diria que depois de ter abrido para bandas como o Kiss, Iron Maiden e Mötley Crüe nos anos 80, o W.A.S.P iria abrir para um grupo tosco de forró... Chega de citar as cagadas que antecederam a festa por que agora é hora de fala sobre o show em sí e foi de arrasar!

Exatamente às 20:30 todas as luzes do lugar se apagaram e a tradicional fumaça de gelo seco tomou o palco. Ao som da intro Mephist Waltz, cada membro do conjunto foi entrando no palco, se posicionando de costas para o público. Logo as luzes se acenderam e o W.A.S.P iniciou a festa com On Your Knees, do primeiro disco, lançado em 1984. Liderado pelo polêmico Blackie Lawless (guitarra/vocal), finalmente o quarteto estava diante de seus fãs, que foram ao delírio de imediato. Além de Lawless, único integrante original da banda, o W.A.S.P também conta com os competentes Mike Duda (baixo), Doug Blair (guitarra) e Mike Dupke (bateria), músicos considerados de contrato, mas que possuem uma garra e performances empolgantes. The Real Me, cover do The Who, foi praticamente emendada com a música de abertura, não dando tempo para os fãs respirarem. Blackie realmente estava afim de tirar o ar dos fãs, já que logo ao fazer sua breve saudação, anunciou a forte L.O.V. E Machine, também do primeiro disco. Com o público em suas mãos, Blackie citou que a banda estava com um novo álbum, Babylon, e as próximas duas seriam deste ultimo trabalho. Sem problemas já que Crazy e Babylon’ s Burning possuem a mesma pegada empolgante e matadora das canções clássicas, sendo recebidas muito bem pelos fãs. A chuva de hits continuou com Wild Child, um dos mairoes hinos do Hard Rock (nessa eu não pude conter as lágrimas), Hellion, a medley de I Don’t Need No Doctor e Scream Until You Like It, Arena of Pleasure, a intensa e psicótica Chainsaw Charlie, com direito ao som assustador das motoserras na intro, e The Idol, simplesmente linda e marcante. I Wanna Be Somebody veio para coroar de vez esse incrivel show, fechando a primeira parte do show de forma inesquecivel, com todos os fãs cantando bem alto seu refrão marcante e poderoso. Com simples “good night”, Blackie e sua turma deixaram o palco.

Depois de uma hora de show, todos os fãs já haviam esquecido o perrengue que passaram lá fora. Muitos estavam roucos, suados e cansados, mas estavam completamente satisfeitos! Se os produtores falharam em relação a organização, pelo menos nossos heróis estavam comprindo muito bem seus deveres. Lawless pode ser um cara complicado e meio louco, mas é um artista incrível, cheio de poses, caras e bocas, além de manter sua voz única em perfeito estado, sem desafinar ou mostrar cansaço. A forma física claro, não é a mesma, afinal ele já passou dos 50 anos, mas o cara continua se movimentando o tempo todo, aparecendo em todos os espaços do palco. O baixista Mike Duda também demosntrou uma performance cheia de energia, rodando o contra-baixo e balançando a cabeça quase todo o tempo. O guitarrista Doug Blair dispensa comentários, se mostrando um excelente guitarrista. Apesar de fazer todos os solos e riffs perfeitamente, Doug possue uma postura muito mais contida que Chris Holmes, o queridinho dos fãs. Já o baterista Mike Dupke foi o único que não chamou tanto a atenção dos fãs, apesar de também ter demonstrado competência de sobra para assumir o posto. Hoje o W.A.S.P é uma banda muito diferente daquela que surgiu no inicio dos anos 80 e não falo isso só pelas mudanças na formação, mas principalmente pela atual produção de palco do grupo. Se há duas décadas atrás viamos uma banda com um visual animal, cheio de couro e sangue, num palco repleto de correntes, logo-tipo em chamas e outras pitotecnias, agora temos um grupo mais contido, com um visual menos carregado. O único detalhe a mais no palco foi uma tela que projetava os vídeos-clips da banda. Isso era feito simultâneamente com a música que estava sendo tocada. Nem o tradicional pedestal em forma de caveira estava lá, apesar que poucos se importaram com esses detalhes (acho que estou ficando muito exigente, né?).

Prosseguindo com o show (é, ainda não havia acabado), o W.A.S.P retornou ao palco para fazer o bis. A dobradinha Heaven’s Hung in Black e Blind in Texas, outro hino entre os fãs, serviram para encerrar definitivamente a festa. Alguns reclamaram o tempo curto de show, além da falta de outros clássicos como Animal, mas e daí? A noite já havia sido inesquecível!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Guns n' Roses no RJ - A visão de um fã


"Depois de longos 9 anos de espera e do temporal no ultimo dia 14 de março fazendo com que o show fosse adiado, os fãns cariocas tiveram a oportunidade de apreciar o show da banda de Hard Rock Guns N' Roses nesse dia 04 de abril. Logo pela manhã as filas ja estavam enormes alguns fans chegaram no dia anterior. A galera estava animada durante todo o dia alguns improvisaram um radio lá rolando classicos da banda o dia todo.Os portões foram abertos as 17:00hrs fãns corriam pela apoteose até o palco para pegar um bom lugar a euforia estava no ápice.
Bastante atrasos para a banda de abertura Majestic talves pro causa da chuva que caia naquele momento mas nada que atrapalhasse muito. A banda nacional Majestic subiu no palco ás 20:00hrs, algumas vaias ecoavam as pessoas queriam logo a abertura de Sebastian Bach ex-Skid Row, quando o show do Majestic terminou alguns momentos depois eis que sobe ao palco ás 21h10m, Sebastian Bach e sua banda levando a multidão a loucura o público gritava seu apelido que ganhou no Brasil "Tião" O vocalista já começou arrasando no palco balançando sua longa cabeleira e rodando o fio do seu microfone sobre a cabeça o tempo todo fazendo com que a galera se empolgasse cada vez mais, Sebastian era pura simpatia conversava com o publico em portugues em um momento ele disse : "A chuva não vai nos impedir hoje nós vamos quebrar esse lugar" mandando o dedo para o alto aos gritos de "Fuck"!mais uma vez o publico enlouqueceu. Sebastian estava inspirado cantou clássicos do Skid Row e musicas do seu album novo Angel Down. Uma certa hora do show alguem do publico jogou uma camisa do Brasil para ele na qual ele vestiu, teve até "Happy Birthday" para o vocalista que faz aniversário esse mês.E termina o show de abertura do Sebastian Bach ás 22h30m simplesmente impecável. A ansiedade aumentava para a entrada do Guns, em perfeita sintonia o publico com cerca de 35 mil pessoas gritava "Guns N' Roses" com toda sua empolgação. Mas como sempre o atraso era grande passaram-se minutos, horas e o publico já estava impaciente várias horas em pé o cansaço estava estampado na expressão das pessoas algumas pessoas desmaiavam por causa do calor e da multidão. Mais atrasos o publico chingava bastante, mas eu não me importava com essa questão afinal todo mundo sabe que o Axl costuma atrasar sua entrada pra mim era procedimento normal já estava preparado, afinal "o que é algumas horas de atraso comparado a 9 anos".Eis que as luzes se apagam as 01:00 hrs da madrugada era o sinal para a entrada da banda. Então começava o momento mais esperado da noite a banda sobe ao palco levando todos ao delirio, com a silhueta do guitarrista Dj Ashba tocando a intro da musica "Chinese Democracy" e eis que surge no palco Axl Rose fazendo com que Apoteose vibrasse a passarela do samba carioca naquela noite sem duvida se tournou a passarela do Rock N' Roll.
A pirotecnia do palco era fantástica labaretas de fogo,efeitos e fogos de artificio,chuva de papel picado e fumaça,digno de Guns N'Roses. Axl estava inspirado mesmo não sendo aquele jovem dos anos 80/90 corria o tempo todo de um lado pro outro,com seu vocal estridente como de costume. A apoteose cantava em uma só voz os clássicos e as novas canções do album Chinese Democracy Uma das surpresas foi o cover "Whole Lotta Rosie" do AC/DC. . Podia-se ver lágrimas de emoção,gritos euforicos vindo das pessoas que esperaram tanto por esse momento .Jogaram uma bandeira do Brasil para o Axl cujo ele segurou por alguns momentos. Axl trocou de roupas algumas veses, com suas dancinhas,corridas e pulos tradicionais dele,a banda foi impecavél,no momento da musica de encerramento "Paradise City" a Pista premium ergueu uma bandeira em agradecimento a banda Era dificil de acreditar estavamos diante de um grande idolo foi algo único para todos que presenciaram.O guitarrista Ron"Bumblefoot"Thal, solou o hino nacional brasileiro em agradecimento, o público adorou. O show durou 2:30 terminando as 3:30 hrs da madrugada.As expressões do rosto do publico indo embora mesclavam-se entre felicidadade,cansaço e satisfação.Mas uma coisa é certa
valeu muito a pena esperar nós fãn iremos carregar esse show por toda vida na memória."

por: Eduardo Junior