Paul Di’Anno, Ao vivo no Hard Rock Café, Barra. Dia 26/08/10.
Por: DannyFire
Com certeza as coisas naquela quinta já mostravam que seria um dia e tanto. Era uma quinta-feira incomun, era meu aniversário. Bem, ai se imagina um dia um pouco mais agradável a meu favor e uns amigos me mandando um abraço, já que o orçamento não permitia uma festinha. Então meu Irmão (Mink Michael) me trouxe dois ingressos para uma noite inesquecível no Hard Rock Café, na Barra. Era a apresentação única do Paul Di’Anno no RJ (O primeiro vocalista a gravar com o Iron Maiden). Nem preciso dizer que chorei na hora . . .
O show estava marcado para umas 23h, mas antes das 20h, meu irmão e eu já estávamos lá. Ansiosos! Ainda mais ele, que é um grande fã do Di’Anno (na fase do Iron Maiden). Nós tendo o primeiro álbum do Iron como um dos preferidos da banda, não poderia estar em menores ansiedades para a apresentação. Para tentar distrair a mente, fomos dar uma volta pelo Hard Rock Café, que se pode dizer que é muito bonito. Mas poderia ser melhor. Dois pontos negativos de lá, são os preços (sei que é estar localizado em uma parte rica do RJ, mas também não é para tanto) e os pôsteres nas paredes poderia ser mais variados e ter mais exemplos de grande bandas.
Enfim, depois de varias fotos, morrido numa grana e reencontrado uns amigos do show do W.A.S.P. (em abril deste ano), era a do show começar. A abertura do show estava a cago da banda gaúcha Scelerata, que acompanha Di’Anno nesta tour pelo Brasil. Com os sons bem altos e ensurdecedor, ainda mais os bumbos da bateria. Eles estavam tocando numa sonoridade bem Power Metal, que me lembrou muito Angra. Sem falar que o vocalista era a cara do Andre Mattos. Músicos excelentes e bem afinados! Mas sinceramente eles ainda poderiam ter feito melhor, pois particularmente apenas a primeira musica me chamou atenção.
Uma caminhada não muito longa, lá vinha o Grande Paul Di’Anno para nos ensinar um pouco de Heavy Metal. Possa se disser também que sua aparência é muito diferente dos anos 80, época que este no Iron Maiden. Mas ainda é o mesmo cara, isso não dar para discutir. Numa voz ainda de grande nível, Paul começava o show daquela noite com uma musica de um dos seus álbuns. Como não sou fã de Punk, não saberia dizer ao certo as musicas que ele tocou naquela noite. E diga se também, que os clássicos do Iron Maiden estavam muitos rápidos do que o original, um uso desnecessário do bumbo duplo e uma pegada Punk.
As musicas foram muito bem executadas. O detalhe mesmo era rapidez do negocio. Tava muito mais Punk do que aquele Heavy Metal do primeiro álbum. Mas isso chega até ser compreensivo, já que Paul nunca escondeu seu amor pelo Punk (tanto que seus álbuns solos são neste gênero). O Hard Rock Café estava cheio, mas não lotado. Os fãs estavam em grande abundancia e todos os tamanhos e idades. Havia uns que de tão mais velhos, me lembraram meu pai que beira uns 60 anos. Mas na hora dos clássicos do primeiro e segundo álbuns do Maiden, eu vi muito marmanjo chorando (e claro que eu também). Meu Irmão foi o primeiro a chorar na musica “Prowler” e em “Charlot The Harlot”, mas também tava foda não chorar no show. Estávamos tão perto de Di’Anno e sua turma. E ainda teve clássicos como “Wrathchild”, “Phantom Of The Opera”, “Iron Maiden”, “Runnig Free” (essa eu não parava de chorar), “Transylvania” (uma instrumental linda) e “Sanctuary” que encerrou a noite.
Claro que rolou ainda muito outros clássicos, musicas da carreira solo de Paul e uma cover dos Ramones. Ainda tinha que ele sempre mantendo um inglês, já que pensei que falaria mais em português, pois ele tem uma casa em São Paulo. Além de uma grande performance dele e da banda em sim, detalhe a todos, ainda Paul Di’Anno nos presenteou com uma foto, para todos que estavam lá naquela noite. Um presente e tanto para mim, já que não sei basicamente nada de inglês, apenas pude chamá-lo de ‘Big Paul’.
Uma noite inesquecível para todos. Um lugar e tanto, e um Mestre do vocal. Sem contar que a noite ainda teve seus momentos de frio e espera, enquanto aguardávamos a hora passar para poder pegar um ônibus e voltar para nossa humilde casa. Mas valeu muito a pena! Obrigado meu irmão.